Projeto Poseidon


  A utilização de embarcações abandonadas como habitats artificiais é prática comumente adotada em diversos países do mundo. Entretanto, tal atividade não pode ser vista como uma forma de solução de problemas de falta de espaço para embarcações descomissionadas, simplesmente provocando seu afundamento de maneira aleatória e sem controle, sob a justificativa de criação de um recife artificial.

   A partir da experiência adquirida na criação e execução do Programa RAM - Recifes Artificiais Marinhos, o Instituto ECOPLAN desenvolveu o Projeto Poseidon, como uma vertente do Programa RAM, destinada a produzir, executar e monitorar ações de transformação de embarcações e outras estruturas marítmas descomissionadas em Recifes Artificiais.

   O preparo de uma embarcação como recife artificial é uma tarefa complexa, que envolve diversos fatores, desde a escolha do local, até aspectos de descontaminação, limpeza, abertura de passagens para água, fauna, mergulhadores, etc.. Trata-se de uma opção nobre de destinação final para embarcações abandonadas, desde que observados sérios critérios técnicos, para se produzir um Recife ambientalmente equilibrado. O uso da "sucata marinha" é aceitável em um projeto de Recifes Artificiais, uma vez que as chapas metálicas de embarcações são feitas de maneira a perdurarem mais tempo no ambiente marinho. Além disso, embarcações afundadas, mesmo que propositadamente, adquirem um aspecto visualmente agradável, diferentemente de estruturas aproveitadas, como restos de automóveis, máquinas, etc, que acabam transformando o fundo do mar em um ferro velho. Os naufrágios se tornam excelentes pontos de mergulho contemplativo, muitas vezes desviando a atenção de mergulhadores e turistas de áreas naturais, que sofrem com o impacto da presença do homem.

   O Instituto ECOPLAN detém a maior tecnologia nacional no preparo de embarcações descomissionadas para uso como Recife Artificial. Possui técnicos treinados no exterior, e com larga experiência na atividade, sendo referência nacional no assunto.

   Os técnicos do Instituto já visitaram inúmeras embarcações descomissionadas, naufrágios acidentais e propositais, no Brasil e em outros países. Já participaram de congressos e conferências internacionais sobre descomissionamento de embarcações e plataformas de petróleo. Já participaram do preparo e do lançamento de dois destróieres canadenses, um assentado na Colúmbia Britânica, Canadá, e outro na Califórnia, Estados Unidos. O ECOPLAN executou ainda os dois únicos naufrágios controlados executados de maneira ambientalmente correta no Brasil. As barcaças graneleiras Dianka e Espera 7, pesando quase 200 toneladas cada, transformaram-se em excepcionais áreas de proteção para espécies ameaçadas, como o Mero e o Cherne, entre outras, além de excelentes alternativas pesqueiras e de mergulho.

   Ainda em fase de preparo para lançamento estão as embarcações NHI - Orion (navio hidrográfico da Marinha do Brasil), em parceria com a Petrobras e a Marinha do Brasil, que será lançado na região de Macaé, RJ, e a cabrea Amazonas (balsa guindaste), em parceria com a Universidade Federal do Paraná, a ser lançada no litoral do Paraná.

   Para a execução destes naufrágios, o ECOPLAN adota o padrão de preparo de embarcações utilizado pelo governo Canadense, que é o mais rigoroso do mundo com relação a resíduos e eventuais materiais perigosos, uma vez que ainda não existe uma normatização brasileira sobre o assunto.

   Após anos de experiência, o ECOPLAN desenvolveu tecnologia e capacitou técnicos aptos a executarem projetos de naufrágios controlados completos, que contemplam aspectos ambientais, econômicos e sociais das regiões em questão, produzindo desta forma naufrágios ambientalmente equilibrados e seguros para a pesca e o mergulho.

 

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